À Tua espera...
Tantas foram as musas que descrevi
Quantas aquelas que nunca conheci
Por demais descrever o que ousava fazer,
Fiquei-me pelo ver, e não pelo ter
Meus amores nunca foram reais,
Nunca foram carnais,
Foram nada, e esse nada para mim
Passou por tudo
Minha existência não faz sentido algum,
Minha memória é inexistente,
Meus poemas não têm dedicação
Talvez porque não soube ser,
Talvez porque nada teve importância,
Talvez porque não ouso gritar o nome de alguém
Sento-me aqui na sombra de um futuro
Que não tem um único raio de sol
Desespero na escuridão procurando a chama
A que um dia todos chamarão amor
Até lá vou morrendo, até lá vou esquecendo
Que um dia ninguém me amou...